sábado, 15 de setembro de 2012

Naquela manhã de inverno ela só queria tentar entender aqueles sentimentos que pareciam tão ocultos.
A sensação era estranha, parecia que aquele frio atravessava dentre sua barriga despertando algo que ela nunca entendia.
Ao som daquela canção, com o vento estonteante barulhando as árvores, ao lado da janela de seu quarto ela recordará de momentos que nunca viveu, mas que de qualquer forma fazia um bem danado estando presente na sua memória de lembranças e sentia uma saudade imensa das sensações daquelas estorias criadas em sua mente.
A cada minuto que olhava para o relógio descobria que o tempo passa tão rápido, tanto que ás vezes sentia medo.
Tinha medo de fazer algo errado que não pudesse ser revertido, mas também tinha medo de não fazer algo e acabar errando.
Despertava tantas dúvidas que havia dentro de si e dentre elas só queria descobrir as palavras certas para as pessoas certas. Porque de qualquer forma entre mil contradições ela acabava fazendo tudo errado.
Ela só desejava mais profundamente querer ganhar o coração das pessoas que mais se importava e queria principalmente que tudo isso fosse recíproco.
Mesmo desejando ter um espaço nesses corações nunca sabia ao certo o que fazer para demonstrar tudo isso. Até que decidiu ser ela mesma tentando não se preocupar mais. Preferiu deixarem as coisas acontecerem naturalmente e resolveu confiar cegamente no tempo.
Acreditava que todo o seu destino já estava escrito e mesmo sabendo que sempre poderia fazer algo para mudá-lo decidiu que não o faria, pois independente do quanto demonstrasse verdadeiramente esses sentimentos nem todos os valorizavam. Teve momentos que chegou a desacreditar que os outros pudessem entende-la, mas ainda haviam pessoas que a faziam creer nisso, sentia-se tão bem na presença  daqueles que tinha certeza de que sempre estariam ali e poderia falar mil palavras,  sentia que havia alguém de quem um pedaço do coração a pertencia e tão naturalmente percebera que seria inutil calar-se deixando de demonstrar o que era bonito. Tornara-se otimista entre as poucas pessoas que valiam a pena.
As coisas e os seres podem ser imprevisíveis e a única coisa que podemos realmente aproveitar é demonstrar o que está no nosso coração para os poucos que nos fazem sentir confiantes. E da mesma forma que queremos um coração, devemos dá-lo as pessoas que merecem por despertar a magia junto de nós, devemos somente partilhar todo o amor que temos.
Por que a gente insiste em quebrar a cara?
Quantas vezes batemos na mesma tecla esperando que as coisas mudem? Quantas vezes criamos esperanças em coisas e pessoas que não valem a pena?
Não adianta e nem é necessário sofrer. Porque a vida não é movida a simples sentimentalismos e a pessoas que não nos fazem bem.
A vida é muito mais que dores de amor. A vida é maravilhosa quando você não tem medo de revolucioná-la.
Medo de ficar só?
Não, isso já não serve mais de justificativa. A gente nunca está só, NUNCA.
Porque solidão não significa não ter aquele alguém para amar, solidão de verdade é quando vivemos em um mundo onde não temos ninguém em quem confiar, isso é solidão.
E não precisa ter medo dela, pois enquanto tivermos um sorriso na cara e confiarmos em nós mesmos, nunca nos sentiremos sós. Porque ninguém é nossa felicidade, ninguém muda a nossa vida, isso são apenas clichês para o conformismo; as únicas pessoas que podem buscar a felicidade somos nós.
Então faça uma lista de seus sonhos, foque em um objetivo e agarre todas as oportunidades que aparecerem. Não espere o tempo passar para tentar resolver tudo por medo de você ser feliz. Apenas sorria e viva, pois o tempo não será generoso com ninguém.
Aproveite as coisas mais simples, como um abraço, um sorriso, um amigo. é isso que faz a diferença.
Tenha orgulho de si e apenas voe, acredite, lute. Não tenha medo, pois enquanto houver um milímetro de independência jamais nos sentiremos sós.
Quantas pessoas passarão pelas nossas vidas? Muitas.
Quantas delas valem a pena? Algumas talvez.
Então vivas para as pessoas que lhe fazem bem, cultive o carinho dos que valem a pena.
Esqueça todas as mágoas, e todas as pessoas que lhe machucaram. A vida nos dá muitas provas para que levemos conosco uma lição e para que saibamos a prestar mais atenção aos pequenos sinais. Porque é nas horas difíceis que descobrimos quem realmente vale a pena e quem realmente devemos guardar no coração.
Os que nos machucaram? Esses terão seus momentos de lágrimas, pois todo o mal feito será pago.
Viva com determinação para que um dia os odiosos se corroam vendo sua felicidade!

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Quatro e meia da manhã, uma dose de café bem forte, por favor. Que é pra ver se consigo acalmar essa inútil ansiedade. Coloca bastante açúcar, preciso de glicose para ver se recarrego todas as minhas forças que deixei naquela esquina. Solidão. Apenas uma xícara de café, e um pedaço de papel onde eu coloco estes versos insanos de tudo que analisei naquelas coisas mesquinhas. Muitas pessoas, muitos lugares. Oh deus, só de analisa-las me subiu uma angústia que queima. Fechei as cortinas, prefiro ficar só, no escuro, bebendo meu café.
Algum sentido para esses mistérios? Ah, o destino é tão imprevisível.
A única coisa que sei, é que não sei de nada. É tudo sem explicação. Reli meus versos amarelados, mesmo assim, não pude nada compreender.
Fotografias, papéis, xicaras ao chão, o tempo passando.
Quinta xícara de café, e ainda estou acordada vendo o tempo passar.